O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Osmar Serraglio, decidiu atender pedidos do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e de quatro deputados federais – Laudívio Carvalho (MG), Carmem Zanoto (SC), Pollyana Gama (SP) e Eliziane Gama (MA) – para que a Polícia Federal (PF) investigue o jogo virtual “Baleia Azul”. Em diversos estados brasileiros, a brincadeira perigosa está relacionada a registro de ocorrências por lesão corporal, automutilação e até morte de adolescentes.
No dia 18 de abril, depois de ser procurado pelo prefeito Greca, Serraglio solicitou informalmente à PF que iniciasse as investigações. Nessa terça-feira (25), o ministro formalizou a solicitação após receber o grupo de parlamentares em seu gabinete.
No pedido, eles fizeram um relato sobre a adesão e vitimização de adolescentes brasileiros que toparam os desafios propostos pelo jogo em estados como Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão e Amazonas.
Os argumentos do grupo se baseiam em relatos de familiares de vítimas, registros de ocorrências policiais e informações de órgãos como Secretaria de Saúde de Curitiba e Conselho Tutelar de Manaus. Pelo menos três mortes suspeitas já são investigadas pelas autoridades locais de Belo Horizonte (MG), Pará de Minas (MG) e Arcoverde (PE).
“Solicitamos apuração dos fatos pela PF e responsabilização dos organizadores desse jogo no Brasil”, informou o deputado Laudívio Carvalho, que também fez um alerta às famílias. “Eu sou pai. Temos de acompanhar as atividades dos filhos em tudo. Observar e ficar atentos”. Segundo Carvalho, a internet se transformou em um “território de ninguém” por não ser possível identificar quem são as pessoas do outro lado do monitor.
A última ocorrência registrada pela imprensa aconteceu nesta quarta-feira (26), em Manaus, onde uma mãe comunicou ao Conselho Tutelar que identificou um grupo de 12 adolescentes, inclusive a filha, participando do jogo “Baleia Azul”.
Ministro da Justiça solicitou que PF investigue "Baleia Azul" no Brasil. (Foto: Reprodução/Ministério da Justiça). |
Mudança de comportamento - Os pais devem estar atentos a mudanças bruscas de comportamento dos filhos, o que pode ser um sinal de que a criança está sofrendo e não está sabendo lidar com o sofrimento.
Demonstre interesse - Para perceber que a criança está enfrentando problemas, é essencial que os pais se interessem por sua rotina. Segundo especialistas, esse deve ser um ato genuíno, não momentâneo por causa do jogo.
Diálogo constante - As conversas com os filhos, sobretudo os adolescentes, pode não ser fácil, mas os pais devem abrir canais para que eles se sintam confortáveis em compartilhar suas angústias e se sintam protegidos.
Vulnerabilidade - Para os especialistas, jovens e adolescentes com a autoestima baixa e sem vínculo familiar fortalecido são mais vulneráveis a armadilhas como o jogo da Baleia Azul.
Confiança - Os jovens precisam de pessoas de confiança para compartilhar seus anseios e frustrações, seja na escola ou na família.
Participação da escola - As escolas podem ajudar na prevenção de situações de risco, identificado entre os alunos os mais vulneráveis a se engajarem em jogos como esse e conscientizando os estudantes sobre a importância da vida.
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Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Justiça.
Imagem de capa e dicas de prevenção: Reprodução/O Globo.
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