Por ser gay, jovem é agredido na Praça da Bandeira em Arcoverde


Vital , Jacinta, Toinho..... Homossexuais brutalmente assassinados em Arcoverde, com casos nunca solucionados! Nomes conhecidos e que entraram pra história por fazerem parte de uma estatística que cresce assustadoramente no Brasil.

Nos dias atuais ser homossexual, assumir quem é e o que é, significa não apenas dar a cara a tapa junto a uma sociedade conservadora, mas colocar a vida em risco. Diariamente no Brasil a população de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis ‐ LGBT, conquistam direitos historicamente resguardados e aprofundam o debate público sobre a existência de outras formas de ser e se relacionar, por outro lado, a violência e discriminação que a população LGBT vive cotidianamente cresce a cada dia.

Vemos que ser LGBT, infelizmente, ainda configura uma situação de risco. A vulnerabilidade social em que muitos vivem, tendo em vista o preconceito arraigado na cultura machista, é tão grande que quando se fala em violência, poucos têm a coragem de expressar com indignação sobre os assassinatos cruéis de um grupo tão exposto à violência.

Em Arcoverde, esse casos também acontecem e são - infelizmente - cada vez mais comuns. Na noite de ontem (11), Gabriel cujo sobrenome não será divulgado para proteção do mesmo, foi agredido por um total desconhecido em praça pública simplesmente por ser gay. Gabriel comentou o ocorrido nas suas redes sociais:
Imagem: Reprodução/Facebook Gabriel.
Confiram o relato do jovem ao Blog Falando Francamente:

"Eu estava no Bandeirante com alguns amigos, tinha um pessoal desconhecido por lá, que havia saído da cachaçaria. Esse rapaz estava muito bêbado. (o que não justifica o que ele fez). Ele tentou primeiro puxar briga com outro amigo meu. Ele viu que ninguém queria nada, daí ele me deu duas tapas nas costas, levantou o braço e pediu pra que eu batesse nele. Não fiz isso. Daí ele me deu outra tapa nas costas e me mandou "virar homem" eu pedi pra que ele se afastasse. Foi quando ele me deu um murro, que era pra ser no rosto, mas, me afastei e pegou no pescoço. Ele ainda me mandou virar homem várias vezes e me chamou de viado... Essas coisas que ouvimos por aí todos os dias".

Histórias como a de Gabriel acontecem diariamente, com personagens diferentes e, muitas vezes, com finais terríveis. São pessoas marcadas pela violência no seu corpo, na sua alma... São pessoas mortas como a travesti Dandarah, morta em Fortaleza por cinco homens, e cujo vídeo da violência viralizou na internet. 

Imagem: Facebook/Um Cartão.
TODOS OS DIAS morre alguém, TODOS OS DIAS, alguém perde um filho, TODOS OS DIAS alguém tem sua dignidade ferida, desrespeitada, TODOS OS DIAS alguém sai impune, TODOS OS DIAS preferimos fechar os olhos, fingir que não estamos vendo, TODOS OS DIAS a impunidade festeja a nossa justiça incompetente, falha, cega, que não pune, e muitas vezes quase afaga os bandidos espalhados pela sociedade com cara de bom moço.

Reportagem: Amannda Oliveira, do Blog Falando Francamente.
Imagem de capa: Portal Vermelho.
(Ao copiar daqui - imagens e textos - favor inserir os créditos).

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