ONG pernambucana abre canal para tirar dúvidas sobre direitos reprodutivos e sexuais em tempos de Zika

A comunicação é gratuita, realizada por telefone ou whatsapp, pela equipe do Grupo Curumim
O Grupo Curumim lançou essa semana o segundo momento da campanha “Em tempos de Zika proteção e cuidado começam por informar a mulher sobre seus direitos reprodutivos”, com o funcionamento de um canal de comunicação inédito no Brasil, via telefone ou whatsapp, aberto para todas as pessoas. O foco da iniciativa é atender principalmente as mulheres que buscam informações sobre temas relacionados aos direitos sexuais e reprodutivos. O serviço é gratuito e funcionará de segunda a sexta, das 14h às 18h.

Como prevenir o vírus Zika, detalhes sobre métodos contraceptivos, responsabilidade governamental em casos de gestação com diagnóstico da Síndrome Congênita do Zika e microcefalia no feto, entre outros pontos, fazem parte do conteúdo disponível durante o contato. Além de esclarecer dúvidas, o serviço fará o encaminhamento preciso dos locais onde as pessoas poderão ter atendimento ou mais informações em caso de situações específicas.

Dentro do planejamento da campanha serão realizadas ações pontuais em comunidades mais afetadas pelo Vírus Zika, com entrega de repelentes para as mulheres gestantes e preservativos masculinos e femininos.  Os repelentes que serão distribuídos foram doados através de um leilão de obras de arte no evento Pernambuco Beat, organizado por pernambucanas no Consulado Geral do Brasil na Califórnia-EUA, em outubro de 2015.

A Região Metropolitana do Recife foi a escolhida para o lançamento do serviço por se tratar da cidade mais afetada pelo vírus Zika, em Pernambuco, e uma das mais afetadas no Brasil. “Nós temos consciência que os bairros da periferia, onde a oferta de água não é regular, com baixíssima cobertura de esgoto sanitário são os locais que possuem uma necessidade maior de receber orientação constante e ampla”, destacou uma das representante da Secretaria Colegiada do Grupo Curumim, Paula Viana.

A partir do mês de Março, a divulgação da campanha e do serviço vai ser direcionada também à Goiana e em seguida para outros municípios de Pernambuco. O serviço visa aproximar conteúdos importantes sobre direitos reprodutivos e sexuais das mulheres em tempos de epidemia do Vírus Zika e atingir de forma positiva o dia a dia delas.

“A ideia de se fazer uma linha direta com as mulheres partiu da nossa experiência nas comunidades que são mais afetadas onde, principalmente as mulheres pobres, não têm acesso a informações confiáveis e seguras. Vamos abrir esse canal para que todas possam se sentir seguras e diminuírem suas dúvidas em relação aos seus direitos reprodutivos”, pontuou Paula Viana.

A Campanha em 2016

O primeiro momento da campanha aconteceu em abril de 2016 e impactou, mediante pesquisa realizada após a divulgação de toda a ação, mais de 100 mil pessoas em Pernambuco. Além da divulgação em massa, as informações foram levadas para hospitais, ONGs feministas, Conselhos de Saúde e seminários locais envolvendo o tema, dentre outros.

Sobre o Grupo Curumim


O Grupo Curumim é uma organização não governamental que atua e cria projetos para o fortalecimento da cidadania das mulheres, em todas as fases de sua vida, através da promoção dos Direitos Humanos; da saúde integral; dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos, sob a perspectiva da igualdade étnico-racial e de gênero, da justiça social e da democracia.

Fonte: Grupo Curumim.
Imagem: Facebook / Grupo Curumim.
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